domingo, 28 de outubro de 2012

VERGONHA! Vasco perde a 5ª consecutiva e cai para 7º colocado.

Mesmo sem objetivos no Campeonato Brasileiro, o Corinthians agravou a crise do Vasco, neste sábado. Em um Pacaembu com 26.845 torcedores, o time paulista venceu por 1 a 0 e fez os cariocas somarem a quinta derrota consecutiva e ficarem ainda mais longe do São Paulo na briga pelo G-4 - o time do Morumbi tem cinco pontos de vantagem e ainda jogará neste sábado. Já o Corinthians está com 47 pontos e segue na oitava posição.

Sem poupar jogadores para o Mundial de Clubes, o Corinthians entrou com força total no Pacaembu, enquanto o Vasco teve uma surpresa, com a escalação do promissor Marlone, junto com Juninho, Éder Luis e Carlos Alberto no setor ofensivo. E com isso o time carioca começou ligeiramente melhor, com mais passe de bola e muitas bolas paradas para assustar o time paulista, mas sem contundência.

Com muitos erros na saída de bola, até por causa da pressão do Vasco, o Corinthians demorou para chegar ao ataque com perigo. Isso só aconteceu aos 19min, quando Paulinho invadiu a área pela direita, mas Renato Silva travou precisamente o chute do volante. Depois aos 27min, ainda houve uma boa finalização de Guerrero, que foi defendida por Fernando Prass.

Com a evolução do Corinthians no jogo, dois lances polêmicos aconteceram: primeiro Guerrero reclamou de pênalti, aos 27min, e depois foi a vez de Romarinho fazer o mesmo, aos 36min. Mas o juiz nada marcou em ambos lances. E ainda houve tempo para uma chance de gol para cada lado: aos 42min, Fellipe Bastos acertou ótima cobrança de falta no travessão; e aos 47min, Paulinho deixou Douglas na cara do gol, mas o meia finalizou para fora.

Após ir para o vestiário, o Corinthians voltou melhor para o jogo e quase marcou já aos 2min, mas Fernando Prass defendeu cabeceio de Guerrero. Porém, o peruano não foi para aos 12min: após Nilton afastar mal a bola na área, ele encheu o pé e colocou o Corinthians na frente.

Mais ligado no segundo tempo, o Corinthians quase ampliou na sequência: Douglas driblou o goleiro, mas perdeu ângulo e teve que tocar para Martínez. Depois Guerrero recebeu a bola na área e só não marcou de novo porque Douglas afastou o perigo quase em cima da linha.
Nos minutos finais o Corinthians diminuiu o ritmo e sofreu poucas ameaças do Vasco, que tinha domínio da posse de bola, mas foi pouco incisivo. O momento mais quente da partida até o apito final foi a discussão entre Carlos Alberto e Chicão, que discutiram bastante e receberam um cartão amarelo cada.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Por Lédio Carmona: “A dor dos vascaínos”

Esparramado no sofá da sala da presidência, Roberto Dinamite via, ouvia e sentia os protestos dos torcedores. São Januário, com mais de 10 mil torcedores na noite de quarta-feira, foi palco da quarta derrota consecutiva do Vasco, da melhor apresentação do Internacional no Campeonato Brasileiro e de manifestações democráticas dos sofridos vascaínos. A frase que mais chamou a atenção, estendida na arquibancada de cimento da Colina Histórica, resumia a dor de quem reivindicava: “Vendeu o time inteiro, perdeu o Brasileiro, cadê o dinheiro”.
A frase é verdadeira, mas tem resposta pronta. O dinheiro não existe porque o Vasco vive situação econômica gravíssima. Chovem dívidas, a grana quando entra sai rápido e a diretoria não consegue resolver esses problemas. Diego Souza foi vendido ao Al-Itthad e o dinheiro até agora não apareceu. Sinal que o acordo foi mal feito. O Vasco ficou sem a sua alma ofensiva e não levou a grana. Dramático.
No fundo, os vascaínos sabem que não há mais chances de obter a quarta vaga para a Libertadores. A distância para o São Paulo é de cinco pontos, mas a distância do futebol que o Vasco de outubro joga é de 15 pontos a menos para o Vasco de junho, que chegou a liderar o Brasileiro. A diretoria perdeu Rômulo, Allan, Fagner e Diego Souza e não soube repor as perdas. Wendel ainda não conseguiu ser Rômulo (e não será). Auremir não é Allan. Jonas jamais será Fágner. E comparar Carlos Alberto com Diego Souza é fazer o cruzamaltino sentar e chorar. Para piorar, a crise chegou ao gramado. A blindagem funcionou muito tempo. Agora estourou. Salários atrasados mexem com o boleiro. Enfraquecem a mente. Dividem prioridades. E esvaziam o desempenho. É natural. Trabalhe sem receber para você ver se renderá o mesmo. Pode funcionar por um, duas, três rodadas… Depois, a bolha explode.
O Vasco se enfraqueceu. Perdeu o rumo. E deveria esquecer essa fantasia de Libertadores para se concentrar no time, na preparação para 2013. Qual é o dirigente do Vasco que entrará no vestiário para ver quem quer ou não continuar em São Januário? Por sinal, quando Roberto Dinamite sairá da sua sala e explicará aos torcedores a verdadeira situação do clube, sua opinião sobre o momento do futebol e seus planos? Roberto é mais do que presidente. É ídolo. E ídolos nunca deixam de botar a cara nas horas decisivas. Roberto sempre foi assim. Resolvia quando era chamado. E muito bem. Que não negue seu passado de referência agora, no papel de cartola.
Quanto ao Internacional, também fica o lamento de saber que se o time jogasse sempre assim hoje estaria brigando pelo título. Uma sequência de grandes atuações de D`Alessandro e Forlan faz com que qualquer time levante vôo. Não dá para viver de amostras. O Inter mais uma vez demorou a decolar. E, como o Vasco, só pode (e deve) pensar em 2013.

Que 2013 seja melhor que seu 2012, que você seja o Dedé de 2011. FORÇA DEDÉ, VALEU MITO!


'Olé' dos vascaínos para o Inter ainda perturba jogadores: 'Foi mais pesado'

Gritos e faixas contra a diretoria, vaias gerais ao time... Tudo isso os jogadores do Vasco compreendem por parte da torcida e até se acostumaram em face da situação que se instalou no Campeonato Brasileiro. O que "pegou mal" foi o "olé" vindo da arquibancada quando o Inter tocava a bola nos minutos finais da vitória gaúcha por 2 a 1, na noite da última quarta-feira, em São Januário, decretando o quarto revés cruz-maltino. Na saída de campo, Eder Luis não se conformava com a atitude e ganhou coro de Fernando Prass nesta quinta, embora este tenha sido mais ameno O goleiro, porém, afirmou que jamais passara por algo assim em quase quatro anos de clube.
- A insatisfação da torcida é normal, assim como a nossa também, mas claro que tem reações e reações. Em quatro anos de Vasco já vi de tudo. Vaiar no meio do jogo, no fim, apoiar para a virada, aplausos, enfim... mas não lembro de uma situação assim. Vaia, cada jogador encara de uma maneira, mas na situação para o Inter que foi (o "olé") foi mais pesado, porque afeta mais, sente mais. Mas no futebol temos que estar preparados para tudo - explicou Prass.
- Se formos buscar explicações para isso tudo, encontraremos vários fatores, como a confusão política, a situação financeira, a perda de jogadores importantes. Enquanto outros clubes deram passos à frente, nós, em relação a elenco, demos um atrás. O ambiente de outros clubes está melhor que o do Vasco, as pessoas parecem mais mobilizadas. O Grêmio coloca 30 mil no Olímpico, o Atlético-MG no Independência, nem se fala. O próprio São Paulo e o Fluminense cresceram nesse sentido, estão bem organizados. E nós, por termos sido a equipe que estava no topo e foi descendo, ao contrário dos outros, ficou ruim. Isso tudo contribui para os resultados ruins na reta final - resumiu Fernando Prass.
Neste sábado, o Vasco visita o Corinthians, no Pacaembu, ainda em busca de reduzir a distância de cinco pontos para o São Paulo, que abre a zona do G-4 e, hoje, se classificaria para a competição continental. Faltam seis rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro.

domingo, 21 de outubro de 2012

Há dois anos, americano de 26 anos mudou-se para o Rio a fim de aprender a tocar cavaquinho, mas vira destaque do Vasco da Gama no futebol americano.


Forest Graham sempre foi apaixonado por futebol americano. Ainda no ensino médio, ele era um dos destaques do time, mas acabou sendo expulso por conta de uma outra paixão, o rock n' roll. O americano tinha uma banda e deixou os cabelos crescerem, mas a mudança não foi bem vista pelo técnico, que o obrigou a cortar imediatamente aquela juba. Forest não queria mudar o jeito de ser e ignorou as ordens do comandante, mas acabou sendo expulso da equipe e desistiu de seguir no esporte. Depois de arriscar a carreira musical em Austin, no Texas, Forest conheceu um grupo de brasileiros e, juntos, montaram uma banda de samba e pagode nos Estados Unidos. Após um tempo, resolveu trocar a sua terra natal para estudar cavaquinho no Rio de Janeiro e por pouco não tornou-se um sambista. Quando já nem pensava em voltar para o futebol americano, resolveu fazer um teste no Vasco da Gama, sem compromisso, e redescobriu a modalidade.
- Desde pequeno, sempre adorei futebol americano. Aos 15/16 anos, eu era um dos melhores jogadores do time da escola. Na época, eu tocava bateria em uma banda de rock n' roll, queria ser uma estrela do rock, deixei o cabelo crescer, mas o técnico tinha preconceito e disse que eu só teria espaço no grupo se cortasse o cabelo. Eu não queria mudar o meu jeito de ser, não fiz o que ele mandou e acabei sendo expulso. Hoje, eu vejo que poderia ter cortado. Parei de jogar e nem pensava mais em futebol americano.
O sonho de seguir uma carreira profissional no esporte ficou adormecido. Todo o tempo de Forest era dedicado aos ensaios e shows de sua banda de rock. Mas com o fim do grupo, ele ficou perdido, sem saber o que fazer da vida. Até que um dia, conheceu alguns brasileiros que também eram apaixonados por música. O ritmo, no entanto, era bem diferente. Juntos, resolveram montar uma banda de pagode, que tinha em seu repertório canções de samba. Só que ao invés da bateria, o americano passou a se interessar pelo cavaquinho. A vontade de aprender o novo instrumento era tão grande que, após as aulas de português, ele revolveu se mudar para o Brasil para fazer um curso sobre o assunto.
Tudo caminhava para a música, mas um encontro inesperado em uma academia de ginástica carioca fez rumo de Forest mudar, mais uma vez, de direção. O amigo Cristiano o convidou para fazer um teste no time de futebol americano do Vasco e aquele sonho que parecia esquecido voltou a falar mais alto.

Aos 26 anos, Forest conta que não poderia jogar na Liga Nacional de Futebol Americano (NFL) se ainda morasse nos Estados Unidos. De acordo com ele, com essa idade, apenas os craques disputam o campeonato, recordista de audiência no país. Em termos de renda e número de fãs, a NFL é a maior liga de esportes na América do Norte, acompanhada por milhões de pessoas em todo o mundo. Os direitos de exibição custam cerca de 3,1 bilhões de dólares por ano. O valor médio dos clubes avaliado em 2008 é de 1,04 bilhão de dólares, sendo o mais valioso o Dallas Cowboys, valendo 1,612 bilhão de dólares.
- O futebol americano brasileiro é muito diferente do americano. Lá, com 26 anos, como eu, ou você é um dos melhores e está em algum time da NFL ou não joga mais. O jogador só joga depois dos 22 anos se for extremamente bom. É por isso que voltar ao futebol americano com a minha idade parece um sonho, é tão longe da realidade dos Estados Unidos. O esporte está começando por aqui, ainda falta estrutura e apoio, mas o legal é ver que todos fazem isso por amor. Viajamos sempre de ônibus, é cansativo, já viajamos por 18 horas uma vez. Meu sonho é ver o futebol americano lotando os estádios, assim como acontece nos Estados Unidos.
O elenco cruzmaltino ainda conta com um outro americano, Charles Gryglewicz, com descendência polonesa. Natural da fria cidade de Buffalo, no estado de Nova York, o atleta de 26 anos sempre cativou o sonho de morar em um país tropical. Há oito meses, fez as malas e mudou-se para o Brasil. Além de defender as cores do Vasco da Gama, ele trabalha como professor de inglês. Completamente adaptado à vida na Cidade Maravilhosa, ele espera contribuir para o desenvolvimento do esporte.
- Morava em uma cidade muito fria, tinha vontade de morar em um país tropical. Estou no Vasco há pouco tempo, mas quero muito ajudar na evolução do esporte no país. Quando eu digo que jogo futebol americano, as pessoas acham interessante, acho que o esporte tem tudo para se popularizar. Joguei sete anos no time da minha escola, a Sweet Home, e vou usar a minha experiência para ajudar o Vasco a conquistar todos os títulos possíveis - disse o atleta, que está se recuperando de uma lesão no pé direito.


sábado, 20 de outubro de 2012

Vasco vence “corrida espacial” e é o 1º clube na estratosfera

Se nos gramados a equipe cruzmaltina dá sinais de queda e se afasta do G-4 do Campeonato Brasileiro, fora dos campos pode-se dizer que o Club de Regatas Vasco da Gama chegou a um ponto bem mais elevado do que qualquer um dos seus rivais.
Em setembro, o “astronauta vascaíno” Humberto Quintas decolou da cidade de Nizny Novgorod, na Rússia, a bordo de uma aeronave Mig-29 Fulcrum, com a qual subiu até a estratosfera, a mais de 65.000 pés de altitude. Devidamente trajado com o uniforme e portando uma pequena bandeira vascaína durante todo o trajeto, Quintas fez do Vasco o primeiro clube brasileiro a alcançar a estratosfera.

Durante o vôo, Quintas atuou como co-responsável pela checagem dos intrumentos da aeronave e esteve acompanhado apenas pelo piloto do Mig-29, o russo Sergei Kara, capitão da antiga força aérea soviética e atual chefe dos pilotos da Base Aérea de Sokol, em Nizhny Novgorod, cidade localizada a 400 km da capital Moscou.
 
Com o feito, o carioca Humberto Quintas passou a ser reconhecido pelo código de chamada “Estratosfera 07” no âmbito do Memorial Aeroespacial de Pioneiros do Brasil, o que significa que foi o sétimo brasileiro civil a voar pela estratosfera, de onde se vê a curvatura da terra e um céu negro, mesmo durante o dia. Quintas, que foi o primeiro a levar tão alto a bandeira de um clube de futebol, garante que não se esquecerá do que viu:

“Estamos instintivamente acostumamos à claridade durante o dia e à escuridão durante a noite. Da estratosfera, olha-se para o alto e vê-se um céu escuro, com o sol brilhando sobre um “teto” negro. É uma visão que confunde, assombra, emociona. De lá, da chamada “borda do espaço”, ao ver um horizonte ligeiramente curvo, percebi com maior nitidez os limites do planeta. É uma experiência impactante e inesquecível, que proporciona um senso de perspectiva único... Você olha e constata que, sob uma ótica planetária, ninguém é tão diferente, ou mais importante porque fala um determinado idioma, porque nasceu ou vive em determinada região, porque adota uma religião diferente ou porque tem mais ou menos recursos financeiros”, explica Quintas. E completa: “Somos igualmente pequenos e paradoxalmente grandiosos, por fazermos parte deste todo”.

Em sua jornada estratosférica, o astronauta vascaíno alcançou velocidade duas vezes superior à barreira do som (Mach 2) e foi submetido a uma força de 4,5Gs, durante a qual seus 78kg de peso equivaleram, temporariamente, a 351 kg. A aventura fez parte do treinamento para um vôo espacial no qual Quintas está inscrito, e que deverá acontecer em 2014.

Definindo-se como um sujeito que tem “a cabeça nas nuvens e os pés no chão”, esse admirador do cosmonauta russo Yuri Gagarin diz existir uma retomada do interesse público pela exploração espacial. E planeja vôos ainda mais altos:

“Há uma semana o austríaco Felix Baumgartner, patrocinado por uma fabricante de bebidas energéticas, saltou da estratosfera com um paraquedas, o que foi um feito incrível, extraordinário. E todos voltaram a falar sobre o espaço novamente. Naves, cápsulas e astronautas voltaram a ser assuntos em corridas de táxi e mesas de bar, o que é excelente! Para mim, no entanto, ir ao espaço é um tema que sempre esteve na moda, um sonho antigo e que será concretizado em breve, mesmo com todos os riscos e adversidades. Apenas para que se tenha uma idéia, meu vôo espacial alcançará uma altura de mais de 329.000 pés, quase três vezes maior do que a atingida por Felix Baumgartner”.

E o astronauta vascaíno revela, ao ser perguntado sobre qual será o limite para as suas peripécias:

“Em fevereiro, senti a leveza ao flutuar em gravidade zero, durante um vôo parabólico sobre o deserto de Nevada, nos EUA. Recentemente, na Rússia, sofri o peso e as forças gravitacionais, além da reação do corpo a ambientes extremos como o da estratosfera. Tive tonturas e sangramento no nariz e aprendi bastante sobre o que deve ser feito em situações de emergência. Além disso, ainda tenho muito medo de altura... Os vôos são gratificantes, mas desgastam física e emocionalmente. Por isso, o próximo e derradeiro passo será o espaço, novamente portando os amuletos vascaínos. Em seguida, doarei a bandeira para o Vasco e ficarei bem próximo ao chão. Ver estrelas depois disso, somente pelo telescópio”, brinca Humberto Quintas.

Futebol Americano: Vasco vence o Botafogo

Após perder para o Botafogo no clássico pelo Campeonato Brasileiro de futebol, o Vasco derrotou o rival por 22 a 16, dessa vez, no Torneio de Touchdown de futebol americano. Em um jogo marcado por reviravoltas, o quarterback (passador) cruzmaltino Harrison viveu momentos de glória e desespero, neste sábado, no Estádio do São Cristóvão, no Rio. O jogador de 21 anos entrou em campo logo nos primeiros minutos para substituir Rony, que lesionou o joelho direito em um choque. Inspirado, ele atravessou o campo e marcou um touchdown (quando um jogador cruza a linha da end zone adversária com a posse de bola), abrindo 6 a 0. O Trem da Bala da Colina ainda ampliou em 7 a 0, mas viu o Glorioso virar o placar em 16 a 7, em um field goal (atleta chuta a bola entre as traves), dois touchdowns e um extra point (field goal após o touchdown).

O momento de pânico de Harrison veio depois de um passe errado, que parou nas mãos de Mamede, o primeiro a marcar os seis pontos: 9 a 7. A partir daí, só deu Botafogo, que ainda aumentou a vantagem para 16 a 7. Rony voltou aos gramados e mandou a bola na medida para Raffael emendar com mais um touchdown para o time cruzmaltino, que ainda converteu o field goall. O Glorioso sentiu a pressão e seguiu em busca de mais uma virada, mas viu os rivais marcarem outro touchdown, com Lipe (20 a 16). Ao invés de tentar o chute livre, o Vasco arriscou uma jogada estratégica. Correu em direção a end zone (área de dez jardas em cada extremidade do campo, onde são marcados os pontos) e anotou mais dois nos instantes finais, eliminando as chances de reação dos rivais.

Harrison conta que foi do céu ao inferno, já que começou como heroi e quase levou tudo a perder, quando deu de bandeja um passe para o rival marcar o touchdown. Apaixonado pelo esporte, ele não ganha absolutamente nada para defender as cores do time cruzmaltino, é movido apenas pela felicidade de jogar. Além ser atleta no futebol americano nos gramados e na praia, Harrison trabalha como modelo fotográfico, faz figuração como ator, é vendedor de loja e ainda está se especializando em tecnologia mecatrônica na indústria de gás e petróleo.

- O jogo hoje foi eletrizante, fui do céu ao inferno. Não ganho dinheiro para estar aqui, mas sou completamente viciado e apaixonado pelo futebol americano. Jogo desde os 12 anos e o meu maior sonho é viver apenas do esporte, mas preciso trabalhar em diferentes funções para me sustentar. Comecei a jogar na praia, passei pelo Copacabana Eagles e hoje também defendo o Reptiles, sete vezes campeão carioca e bi consecutivo, dos últimos 21 jogos, perdemos apenas para os Sharks - revelou o jovem de Copacabana.

Militar da Guerra do Iraque está por trás da campanha do Botafogo

Enquanto o Trem Bala permanece invicto no campeonato, pela conferência Bill Walsh, o Botafogo também vem realizando uma boa campanha na George Halas. Depois de vencer os últimos cinco jogos, caiu diante do time da Colina, mas teve uma grande evolução no seu potencial de defesa. Tudo isso graças ao americano Rex Erickson, militar das Forças Especiais, que já lutou nas guerras do Iraque, da Bósnia e do Afeganistão, além de ter participado de operações na Colômbia e em Honduras.

- Já combati em nove guerras, tatuei cada uma delas no peito. O trabalho militar ajuda muito na hora de coordenar um time de futebol americano, porque ambos exigem tática e disciplina. No Iraque, por exemplo, comandei 300 soldados, estou acostumado a liderar. No esporte, a minha forma de montar a defesa é pensando no ataque, não é um trabalho fácil, mas está dando certo - contou o ex-comandante do exército, casado com uma brasileira e radicado no país há dois anos.

A quarta edição do torneio conta com a presença de 18 equipes em 70 partidas. Cada time enfrenta sete adversários diferentes, com as equipes divididas em três conferências (grupos), a Walter Camp (homenagem ao “pai do futebol americano”, jogador da Universidade de Yale desde 1876 e criador das formações e dos sistemas táticos do esporte), a George Halas (“pai da National Footbal League”, o fundador do Chicago Bears e um dos idealizadores da American Professional Football Association, em 1920, que se transformou na NFL, em 1922), e a Bill Walsh (técnico que influenciou um novo estilo de jogo levando o San Francisco 49ers à vitórias de diversos Super Bowls). Os dois primeiros colocados de cada conferência e os dois melhores terceiros avançam às oitavas.

Doze times que participaram do campeonato no ano passado estão de volta: ABC Corsários, Botafogo Football, Corinthians Steamrollers, Jaraguá Breakers, Palmeiras Locomotives, Ribeirão Preto Challengers, Santos Tsunami, T-Rex (ex-Timbó Rhinos), Tubarões do Cerrado, Uberlândia Lobos, Vasco da Gama Patriotas, Vila Velha Tritões, e a entrada de 6 estreantes como o Antares, Brasília V8, Campo Grande Gravediggers, Ipatinga Tigres, Lusa Rhynos, e o Porto Alegre Bulls

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

JUSTIÇA FEITA: JUNINHO É ABSOLVIDO PELO STJD!

Julgado nesta tarde, Juninho foi absolvido pelo STJD e está livre de punição, porém, o Vasco deverá pagar uma multa de 3 mil reais pelo ocorrido.

Entenda o caso:

Juninho Pernambucano foi sorteado para fazer o exame antidoping após a partida entre Ponte Preta e Vasco, realizada no dia 23 de setembro, no estádio Moisés Lucarelli. O meia foi informado de que deveria se dirigir direto à sala de coleta após o fim do jogo, mas isso não ocorreu. De acordo com a Coordenação Local de Controle de Dopagem da partida, o atleta foi para o vestiário primeiro.

Juninho teria infringido dois artigos do Código Mundial de Dopagem: 2.3 (recusar-se ou não apresentar uma justificativa válida a submeter-se a coleta de amostra após notificado de acordo com as regras antidoping) e 2.5 (adulteração ou tentativa de alteração de qualquer componente de controle), combinados com artigos do Regulamento de Controle de Dopagem da CBF/2012.

Marcelo Oliveira: 'Precisamos retomar o caminho da vitória'

Com cinco pontos de diferença para o São Paulo, quarto colocado, o Vasco viu ainda mais complicado o seu caminho até a Libertadores de 2013. Após a derrota por 3 a 2 para o Botafogo, nesta quinta-feira, o grupo admitiu que a tarefa de disputar novamente a competição internacional ficou complicada. Mas o técnico Marcelo Oliveira admitiu que a partir de amanhã, uma de suas funções será estimular o grupo e mostrar que ainda há um importante objetivo a ser cumprido no Campeonato Brasileiro.

- Vamos mostrar aos jogadores que não é fácil, mas é possível. No futebol tudo é possível desde que haja a oportunidade matemática de chegar. Nossos concorrentes terão dificuldades, e precisamos estar bem para fazer nossa parte. O campeonato está em aberto, mas precisamos retomar o caminho da vitória - afirmou o técnico vascaíno.

Juninho também preferiu não dar o campeonato como encerrado para o Vasco, mas reconheceu que a missão tornou-se muito complicada.

- O São Paulo abriu uma distância considerável, mas nem por isso perdemos a obrigação de vencer os últimos jogos.

Mesmo abatido após a terceira derrota consecutiva do Vasco, Marcelo Oliveira observou evolução no desempenho da equipe. Entretanto, o técnico creditou a derrota a momentos de desatenção imperdoáveis.

- O Vasco tinha o jogo na mão, mas desperdiçamos algumas chances, não por preciosismo, mas por infelicidade. Acabamos pagando caro pelos gols que não fizemos e duas desatenções geraram gols do Botafogo. Jogo de futebol tem 90 minutos. Se distrai um minutinho, pode ter problemas. Hoje o time foi bem mais competitivo - avaliou o treinador.
 
 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Juninho descumpre regra e pode ser suspenso. Vice jurídico do Vasco ataca tribunal: ‘Vem um maluco e faz essa palhaçada’

O meio-campo Juninho, do Vasco, foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e pode pegar até dois anos de suspensão por ter descumprido dois artigos do Código Mundo de Dopagem, que atende também ao regulamento do Campeonato Brasileiro. A partida da denúncia foi no dia 23 de setembro, em Campinas, contra a Ponte Preta (empate de 0 a 0). Juninho teria que ir direto para a sala de doping, realizar o exame de urina, mas foi até o vestiário e só depois retornou. O julgamento será realizado na sexta-feira, dia 19 de outubro, às 14h, no Plenário do STJD.
Juninho teria descumprido dois artigos: o primeiro, 2.3, fala no atleta "recusar-se ou não apresentar uma justificativa válida a submeter-se a coleta de amostra após notificado". O outro, 2.5, trata de adulteração ou tentativa de alteração de qualquer componente de controle. O jogador ainda responde por conduta contrária ao código brasileiro de Justiça Desportiva que lhe daria um gancho de até seis partidas. Segundo o médico do Vasco, Albino Pinto, que estava com a delegação e acompanhou Juninho, os responsáveis pelo exame antidoping foram informados que o atleta iria até o vestiário e retornaria.
- Isso já aconteceu outras vezes. Às vezes o exame demora uma hora ou mais. Eu mesmo avisei ao médico no local. O Juninho foi ao vestiário, foi pegar a bolsa dele, porque depois iríamos fazer a viagem. Quando retornou, ele se desculpou e ficou tudo bem. Acho que houve má-fé, porque poderiam ter dito na hora para a gente. Não vejo como dar em nada, talvez uma advertência. Acho que está havendo um excesso de autoridade, de gente querendo mostrar serviço - disse Albino Pinto.
O vice-presidente jurídico do Vasco, Anibal Rouxinol, disse que o clube ainda coleta mais informações para responder ao caso no tribunal. O próprio Juninho ligou ontem para ele e avisou sobre a denúncia.
- É uma coisa normal de todos os times. Agora vem um maluco e faz essa palhaçada. Vamos levar 500 jogadores para o tribunal - disse Rouxinol, referindo-se a estratégia de mostrar que a prática acontece com frequência.


domingo, 14 de outubro de 2012

Futmesa: Vasco é campeão brasileiro interclubes master

Foi realizada nos dias 12, 13 e 14 de Outubro, o II Campeonato Brasileiro de Equipes Máster. A competição teve como sede o Clube Curitibano, tradicional associação da capital paranaense e reduto da principal equipe de competição da modalidade no Paraná.

Na segunda rodada, a equipe vascaína esteve na frente do marcador durante boa parte do confronto, todavia permitiu uma virada da forte equipe do Dom Pedro II/Sexta Bola -PR na última rodada, saindo derrotada pelo placar de 18 x 24

Com a derrota e os demais resultados da rodada, a equipe vascaína passou a necessitar de duas vitórias para assegurar a vaga nas semi-finais sem depender de outros resultados, tendo pela frente o clássico contra o Fluminense e o confronto contra o Maria Zélia-SP, que era o atual campeão brasileiro

No clássico contra o Fluminense a equipe vascaína começou a mostrar um jogo seguro e conquistou uma importante vitória pelo placar de 29 x 17.

Para chegar a classificação, o Vasco precisou superar o atual campeão nacional, fazendo sua melhor partida na competição, a equipe cruz-maltina definiu a vitória com apenas 3 rodadas, conseguindo um resultado expressivo frente ao Maria Zélia-SP pelo placar de 35 x 11.

O adversário da semi-final foi a equipe do Curitibano-PR, que atuava em suas dependências. A equipe vascaína fez uma excelente partida e venceu o confronto pelo placar de 26 x 20, assegurando a vaga na final da competição.

A final contra a equipe do Carcará de Alagoas, que até então tinha 100% de aproveitamento na competição, foi dramática. O Vasco esteve atrás no placar até a metade do confronto, quando na 3a rodada conseguiu uma parcial de 10 x 01 passando a frente no marcador. Na última rodada, o Vasco administrou a vantagem e obteve a vitória pelo placar final de 27 x 18.

A equipe vascaína formou com os atletas: Igor Monteiro (Técnico), José Antônio, Marcelo Lages, Ramos e Rodolfo.

A Divisão de Futebol de Mesa do CR Vasco da Gama mais uma vez destaca a parceria campeã com a empresa CIA DO DOCE, que teve relevante importância para mais uma conquista do FUTMESA VASCAÍNO!

Em queda livre, Vasco perde para o Santos

Sem Dedé e Juninho, o Vascão foi até Santos enfrentar a equipe da casa e tentar a quebra de um tabu que dura desde 2006, onde, de lá pra cá, em todos os confrontos, o mandante saiu com a vitória. Porém, dentro do campo, o Gigante da Colina perdeu para o Santos por 2 a 0, neste domingo (14). Com o resultado, o Vasco permaneceu com 50 pontos, caindo para o quinto lugar, já que o São Paulo venceu o Figueirense e chegou a 52. O Vasco volta a campo nesta quinta-feira (18), onde jogará o clássico contra o Botafogo, no Engenhão.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Vasco perde para o São Paulo:2 a 0

Muitos chamariam este jogo de "jogo dos seis pontos", pela proximidade das duas equipes na tabela do Brasileirão. E foi com esse espírito que os vascaínos entraram em campo. Mas, sem Dedé, Carlos Alberto e Tenório, o Gigante da Colina perdeu para o São Paulo por 2 a 0 nesta quarta-feira (10), em São Januário. Com o resultado, o Vascão permaneceu em quarto lugar, com 50 pontos. O Vasco volta a campo neste domingo (14), onde vai à Vila Belmiro enfrentar o Santos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Veja as imagens da vitória do Vasco no Serra Dourada...


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


Fut Americano: Vasco Patriotas vence e mantém invencibilidade

O Vasco Patriotas derrotou o Santos Tsunami, por 30 a 6, neste sábado (06/10), em Mauá (SP), e garantiu vaga antecipada nas quartas de final do Torneio Touchdown IV. Com cinco vitórias em cinco jogos, o Vasco não pode mais ser alcançado pelo terceiro colocado do grupo, Jaraguá Breakers (mesmo se o time catarinense igualasse a campanha em 5-2, a equipe cruzmaltina levaria vantagem no confronto direto). Se vencer um dos próximos dois jogos, o Vasco assegura a primeira colocação na Conferência Bill Walsh. “O primeiro objetivo já alcançamos, que era a vaga nos playoffs. Agora, vamos manter o foco e a determinação nas próximas partidas, para buscar a melhor posição possível no ranking geral”, prometeu o técnico Gabriel Mendes.

Contra o Santos, o ataque vascaíno começou avassalador. O quarter-back Roni (#8) comandou um ótimo drive de passes, que culminou com o touchdown do WR Lipe (#9). Com o extra-point convertido pelo kicker Ryan (#15), o time carioca abriu 7 a 0 no placar. Apesar de muito desfalcada, a defesa não permitiu avanços ao ataque santista, que foi obrigado a devolver a bola. E o Vasco voltou a pontuar, desta vez numa campanha por terra, que terminou com o touchdown do RB Caio Vidal (#22), que mostrou estar totalmente recuperado da lesão e passou a ser mais uma arma à disposição da comissão técnica. Questionado sobre as muitas opções do plantel, o coordenador ofensivo Thiago Prates foi enfático: “Essa é a dor de cabeça que todo técnico quer. Para mim, é ótimo ter opções diversificadas. Quem tem que se preocupar são os adversários”.

No segundo quarto, o Vasco apresentou outra arma: o time de especialistas. No terceiro drive de ataque, quando uma série de faltas impediu um avanço maior, o kicker Ryan acertou um field goal preciso, abrindo uma confortável vantagem de 17 pontos. Na sequência, o retornardor Lipe recebeu o punt no próprio campo e só parou na end zone adversária, marcando seu quinto touchdown no campeonato. Sem converter o extra-point, o Vasco foi para o intervalo com 23 a 0 no placar.

No segundo tempo, o Vasco diminuiu o ritmo, principalmente depois de um incidente com um jogador do Santos, que precisou ser atendido na ambulância. Mas ainda assim, a equipe cruzmaltina conseguiu bons avanços com os corredores Double F. (#28) e Miguel (#36). No terceiro quarto, depois do FB Miguel parar na jarda dois, o quarter-back Harrison (#10), só teve o trabalho de cruzar a end zone para ampliar a vantagem para 30 pontos. Com a aplicação da mercy rule, o cronômetro jogou contra qualquer esperança do time vascaíno ampliar a vantagem. Mas o Santos ainda encontrou tempo para fazer seu touchdown de consolação. O quarter-back Júnior se aproveitou dos desfalques na secundária carioca e conectou dois bons passes no fim do jogo, um dos quais dentro da end zone.

Com 30 a 6 no placar e mais uma vitória na conta, o Patriotas deixou o tempo acabar e voltou para o Rio com a classificação garantida. Agora, a equipe vascaína se prepara para dois grandes desafios antes das quartas de final: o clássico contra o Botafogo, no dia 20/10, e o duelo contra o Vila Velha Tritões, um dos favoritos do torneio, no dia 03/11.

sábado, 6 de outubro de 2012

DE FELIPE PARA JUNINHO, VASCO FURA RETRANCA DO ATLÉTICO-GO E EMBALA.


Como num passe de mágica, toda a ansiedade e nervosismo do Vasco acumuladas por 86 minutos se transformaram em alegria no Serra Dourada. Depois de tanto insistir, o time carioca marcou através de Juninho e bateu o Atlético-GO, neste sábado. A assistência foi de Felipe, suposto desafeto do Reizinho fora das quatro linhas. 



Confira.



"Juninho abraça campanha apoiando o exame Pré-Natal nas mulheres.

A campanha se chama "Doe um gol", e conta com outros grandes nomes do futebol, como Forlán e Luís Fabiano.
Cada gol que fizer, Juninho irá comemorar com a bola debaixo da camisa."
 
 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Vasco fará festa em São Januário (Dia das Crianças) para lançamento do novo mascote

Em comemoração ao Dia das Crianças, o marketing do Vasco prepara uma festa para a garotada no próximo sábado (06/10), em São Januário. A partir das 10h, na megaloja Gigante da Colina, os pequenos vascaínos terão uma verdadeira festa à disposição. O evento será realizado para lançar o novo boneco do Almirante, mascote do clube.

Durante o lançamento, a garotada poderá se divertir com pula pula e tobogã infláveis, se deliciar com pipoca, algodão doce e refrigerante, tudo gratuito, sem contar das tradicionais fotos com o mascote.

As crianças, de até 12 anos de idade, que comprarem o boneco ganharão uma ficha para desenhar o Almirante e participar de uma promoção. Os cinco melhores desenhos serão escolhidos para vir a São Januário, no dia 12 de outubro, para jogar uma partida de dez minutos do jogo PES 2013 no telão da Colina Histórica.

O boneco do Almirante, produzido pela empresa MDB, custa R$ 29,90.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Roberto Dinamite garante que São Januário não será demolido

A 29 dias de entregar um dossiê ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos 2016, o Vasco já tem o resultado do estudo de viabilidade para o projeto de reconstrução de São Januário e prepara uma carta de fiança, com garantias financeiras para a execução da obra que vai pôr abaixo o estádio de 85 anos. A construtora OAS, que faz a nova arena do Grêmio e gastou cerca de R$ 3 milhões pelo estudo, estimou em R$ 500 milhões os gastos para as obras da arena vascaína. Mas o problema não é apenas de como viabilizar uma obra milionária num clube que teve a luz cortada há poucas semanas. Em mais um episódio de desentendimento com o presidente Roberto Dinamite, o ex-vice de finanças Nelson Rocha largou a coordenação do projeto de reconstrução do estádio do Vasco. 

A atitude do dirigente do Vasco, que também vai largar em breve a vice-presidência geral do clube, retrata a instabilidade política a poucos dias de responder a obra milionária que precisa ter como ponto de partida 2013. O clube só vai sediar o rúgbi se construir um novo estádio, preservando apenas a fachada. Nelson Rocha se incomodou com a reunião - da qual ele só teve conhecimento depois - de Dinamite à sede carioca da OAS poucos dias após ele largar a pasta de finanças. O mandatário estava acompanhado de Olavo Monteiro de Carvalho, empresário e presidente da Assembleia do Vasco.

Procurado pelo Jogo Extra na noite desta segunda-feira, Roberto Dinamite disse que esteve à tarde com Nelson Rocha, que não o comunicou nada. O ex-vice de finanças afirmou que preferiu tratar da saída do projeto do estádio por e-mail, em que copiou outros membros do comissão interna, como Olavo e Carlos Roberto Osório, membro do Conselho Deliberativo do clube e secretário municipal de Conservação. Faziam parte ainda da comissão, outros vices-presidentes do Vasco, José Hamilton Mandarino e Frederico Lopes.

A reforma de São Januário ainda precisa passar pelo Conselho Deliberativo do clube e, depois, por uma licitação. No desenho do novo estádio, feito por uma empresa de Portugal, estão previstos 45 mil lugares, em três níveis de arquibancada e formato retangular, um shopping e uma torre comercial. O financiamento da obra seria através de empréstimos — possivelmente do BNDES — com pagamento previsto para 25 anos, já que o estudo estimou em R$ 20 milhões anuais de receita.

Realizado do estudo de viabilidade e do projeto básico, a OAS, que constrói também outras arenas no Brasil (os estádios de Natal e Salvador para a Copa 2014, por exemplo), já entraria na licitação com vantagem sobre as concorrentes. No processo licitatório, ela teria mais 15 dias para igualar a melhor proposta no páreo para construção de São Januário.