quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Entrevista: Campeão Paralímpico revela seu amor pelo Vasco

O alagoano Yohansson Ferreira foi um dos maiores destaques do Brasil nas últimas edições das Paralimpíadas. Com quatro medalhas conquistadas nas duas últimas edições, uma delas de ouro, o paratleta agora mira suas atenções para o Jogos do Rio, que acontecerão em 2016.

A trajetória de Yohansson no esporte começou em 2005 e os primeiros resultados expressivos foram alcançados em 2007 na Cidade Maravilhosa. Na oportunidade, o jovem conquistou três medalhas de ouro no Parapan. Quatro anos depois, em Guadalajara, ele repetiu a dose e faturou mais três medalhas para o Brasil.

A relação de Yohansson, hoje com 24 anos, com o Rio de Janeiro não se resume apenas a títulos. Como grande parte dos residentes da região Nordeste do Brasil, o paratleta torce para um clube da regi]ao sudeste do país. Vascaíno desde a infância, Yohansson relembra com emoção os momentos de glória do Gigante da Colina, um dos melhores times do mundo durante o período de 1997 a 2001.

Em entrevista a Carlos Gregório Junior, colaborador do SuperVasco.com, o jovem que emocionou o país quando pediu sua namorada em casamento minutos após conquistar uma medalha de ouro na última Paralimpíada, conta um pouco sobre sua trajetória e revela de onde surgiu seu amor pelo cruzmaltino.

Confira uma entrevista exclusiva com Yohansson Ferreira:

Você iniciou sua trajetória no atletismo em 2005, mas não demorou muito para obter resultados expressivos. Já em sua primeira paralimpíada, em Pequim, você conquistou duas medalhas. Na segunda, em Londres, conquistou mais três medalhas. O que você poderia falar sobre sua trajetória no Atletismo?

“As coisas foram acontecendo naturalmente. Deus colocou o atletismo na hora certa em minha vida”.

Antes de se tornar campeão paralímpico, imagino que você tenha tido que superar muitos obstáculos. Quais foram os principais? O preconceito ainda é algo que os atletas paralímpicos precisam vencer?

“Eu nunca sofri preconceito porque sempre passei a imagem de uma pessoa sem deficiência. E os obstáculos principalmente foram no inicio da carreira. Tive que acreditar muito no meu talento, pois sabia que tinha muitas coisas a conquistar”.

Você ainda é jovem e certamente ainda disputará mais algumas Paralimpíadas. Quais são seus objetivos daqui para frente? Ainda pensa em cursar Educação Física e ajuda no desenvolvimento do esporte paralímpico no país?

“Meu maior objetivo nos próximos quatro anos vai ser a Paralimpíada aqui no Brasil. Penso sim! Depois de encerrar minha carreira pretendo ajudar o esporte paralímpico”.

Você emocionou o mundo ao pedir sua namorada em casamento após conquistar o ouro nos 200 metros. Como andam os preparativos para o casório?

"(Risos) Já estamos preparando tudo. Próximo ano me caso com a Thalita".

Assim como uma parte dos nordestinos, você torce para um time da região sudeste do Brasil. Quando e como começou esse seu amor pelo Vasco da Gama?

“Desde criança sou Vasco. Toda minha família é Vascaína. Até a Thalita, minha noiva, puxei para nosso lado".
Quais são seus maiores ídolos no Vasco? Por qual motivo?
“Meus maiores ídolos são da época de 1997 a 2000. Era um timaço não é!? Me fez vibrar muito. Lembro muito do Juninho Paulista, do Juninho Pernambucano, do Felipe, do Romário, do Mauro Galvão, do Carlos Germano, do Euller... Atualmente nosso Vasco também possui bons jogadores e futuros ídolos. O Dedé é um deles”.

Quais foram os título mais emocionantes que você comemorou? Por qual motivo?

“Sem dúvidas foi o título da Libertadores, que conquistamos no ano do centenário Outro inesquecível foi aquela virada contra o Palmeiras, que nos deu o título da Mercosul”.

Em meio a sua rotina de treinamento você arruma tempo para acompanhar jogos do Vasco? Já foi assistir o Vasco de perto em algum estádio? Já visitou São Januário?

“Sempre acompanho os jogos do Vasco. Mesmo quando estou em outro país, dou um jeito de ver pela internet. Já vi o Vasco jogar em Maceió e já fui acompanhar um jogo em São Januário".

Em recente matéria, o portal Extra noticiou que o Vasco faz um trabalho exemplar no que diz respeito aos Esportes Paralímpicos. Se sente orgulhoso ao ver seu clube do coração fazendo um trabalho desse tipo?


“Claro que sim. É bom saber que meu time do coração possui um bom trabalho nos esportes Paralímpicos".

Já pensou em competir pelo Vasco? Aceitaria um convite?


“Seria uma honra colocar a cruz de malta no peito. Mas hoje eu tenho contrato com o estado de São Paulo e não sei se teria como eu defender o Vasco”.

Que mensagem você deixaria para o nosso leitor?


“Em nossas vidas sempre vamos ter dificuldade, mas se acreditarmos conseguimos superar tudo. Podemos todas as coisas em Cristo, aquele que nos fortalece”.

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