O Rio de Janeiro será a cidade sede das Olimpíadas de 2016 e o estádio São Januário, do Vasco, deverá ser o local onde serão realizadas as partidas de Rugby. Por conta disso, o SuperVasco.com resolveu preparar uma especial sobre o esporte, que ainda não é muito conhecido entre os brasileiros.
Esporte esse que vem ganhando espaço no Gigante da Colina, que é o único grande clube do Rio de Janeiro a possuir escolinhas do mesmo. Fato que reafirma a posição pioneira do cruzmaltino e mostra a importância do clube da cruz de malta para a popularização do rugby no país.
Com o objetivo de dar mais detalhes do projeto vascaíno para o esporte, o SuperVasco.com entrevistou Daniel Gregg, jogador da Seleção Brasileira e atual coordenador do Rugby no Gigante da Colina. No bate-papo, que você poderá conferir abaixo, Gregg se apresenta para a torcida cruzmaltina e revela alguns detalhes do trabalho que vem sendo realizado pelo Vasco.
Confira a entrevista:
Para começar, gostaria que você se apresentasse para a torcida vascaína e falasse um pouco de sua trajetória no esporte.
"Comecei a jogar rugby aos 17 anos na equipe aqui de Niterói, o Niterói Rugby F.C. Antes disso jogava futebol de praia, mas a minha idade na escolinha estourou e tive que sair. Como meu irmão mais velho já jogava rugby, ficou mais fácil para começar a jogar. No começo fique um pouco preocupado, pois era muito magrinho e como o rugby é um esporte de contato, achava que não me daria bem. Mas foi ai que percebi que o rugby é um esporte muito democrático! Ele tem posição para todos os biotipos. Acabei me dando bem nas posições onde podia explorar minha velocidade! A partir daí comecei a me dedicar muito.
Aos 18 anos participei de uma seletiva e fui convocado para a seleção juvenil M19 pela qual participei do Campeonato Mundial de 1999, no País de Gales. No ano seguinte recebi uma carta da, na época , ABR ( Associação Brasileira de Rugby ) e agora CBRu (Confederação Brasileira de Rugby ) me convocando para a Seleção de Seven a Side Adulta. No final deste ano recebi o prêmio de melhor jogador do maior torneio nacional de Seven a Side, no Brasil. Em 2001 veio a convocação também para a Seleção Adulta de XV. A partir daí, estive em todas as competições que a Seleção Adulta participou, tanto de Seven quanto de XV . Conquistei vários títulos pelas seleções ao longo destes anos.
No Niterói Rugby, mesmo na época de juvenil, já fazia parte do grupo da equipe adulta. Tive a oportunidade de começar cedo nesta categoria e participar de vários campeonatos. Desde 2000 somos campeões Fluminense e somos a única equipe que representa o Estado no Campeonato Nacional (Super 10). Hoje continuo como jogador da Seleção Brasileira e do Niterói Rugby, onde também sou Coordenador das Categorias de Base."
Esporte esse que vem ganhando espaço no Gigante da Colina, que é o único grande clube do Rio de Janeiro a possuir escolinhas do mesmo. Fato que reafirma a posição pioneira do cruzmaltino e mostra a importância do clube da cruz de malta para a popularização do rugby no país.
Com o objetivo de dar mais detalhes do projeto vascaíno para o esporte, o SuperVasco.com entrevistou Daniel Gregg, jogador da Seleção Brasileira e atual coordenador do Rugby no Gigante da Colina. No bate-papo, que você poderá conferir abaixo, Gregg se apresenta para a torcida cruzmaltina e revela alguns detalhes do trabalho que vem sendo realizado pelo Vasco.
Confira a entrevista:
Para começar, gostaria que você se apresentasse para a torcida vascaína e falasse um pouco de sua trajetória no esporte.
"Comecei a jogar rugby aos 17 anos na equipe aqui de Niterói, o Niterói Rugby F.C. Antes disso jogava futebol de praia, mas a minha idade na escolinha estourou e tive que sair. Como meu irmão mais velho já jogava rugby, ficou mais fácil para começar a jogar. No começo fique um pouco preocupado, pois era muito magrinho e como o rugby é um esporte de contato, achava que não me daria bem. Mas foi ai que percebi que o rugby é um esporte muito democrático! Ele tem posição para todos os biotipos. Acabei me dando bem nas posições onde podia explorar minha velocidade! A partir daí comecei a me dedicar muito.
Aos 18 anos participei de uma seletiva e fui convocado para a seleção juvenil M19 pela qual participei do Campeonato Mundial de 1999, no País de Gales. No ano seguinte recebi uma carta da, na época , ABR ( Associação Brasileira de Rugby ) e agora CBRu (Confederação Brasileira de Rugby ) me convocando para a Seleção de Seven a Side Adulta. No final deste ano recebi o prêmio de melhor jogador do maior torneio nacional de Seven a Side, no Brasil. Em 2001 veio a convocação também para a Seleção Adulta de XV. A partir daí, estive em todas as competições que a Seleção Adulta participou, tanto de Seven quanto de XV . Conquistei vários títulos pelas seleções ao longo destes anos.
No Niterói Rugby, mesmo na época de juvenil, já fazia parte do grupo da equipe adulta. Tive a oportunidade de começar cedo nesta categoria e participar de vários campeonatos. Desde 2000 somos campeões Fluminense e somos a única equipe que representa o Estado no Campeonato Nacional (Super 10). Hoje continuo como jogador da Seleção Brasileira e do Niterói Rugby, onde também sou Coordenador das Categorias de Base."
Por qual motivo você escolheu o Rugby e não esportes mais tradicionais, como o Vôlei, o Basquete e o Futebol?
"Escolhi o Rugby por ele ser antes de tudo um esporte agregador. O rugby também é um esporte que desenvolve muito a questão da coletividade, disciplina e coordenação motora. E também por ser um esporte muito dinâmico. O rugby é um esporte muito apaixonante. Totalmente. Hoje em dia praticamente todos meus amigos são jogadores. Jogando rugby pelo meu clube e pela seleção, tive a oportunidade de poder visitar vários países na Europa, America do Sul, América do Norte e Ásia. Além de poder conhecer outras culturas."
Onde o Vasco entra nessa história? Quando surgiu o convite para trabalhar no Vasco?
"O convite aconteceu logo após escolherem São Januário como sede dos jogos de rugby durante as Olimpíadas de 2016. A intenção é de divulgar o esporte em diversas regiões do Estado. Além de poder apresentar, em 2016, uma equipe competitiva ou atletas para seleção Brasileira."
O Vasco lançou nesse ano o projeto 'Vasco Rugby' com o objetivo de disseminar o esporte no Rio de Janeiro. Como anda esse projeto?
"Iniciamos o projeto em abril de 2011. Na aula inaugural, tivemos mais de 80 crianças participando e alguns colégios da região. Nossa divulgação é feita juntamente com o apoio dos colégios. Apresentamos o rugby aos alunos através de uma palestra seguida de uma aula prática. A partir daí, encaminhamos os alunos ao departamento do Vasco, para ser feita a inscrição. O projeto é gratuito e a criança ainda recebe de graça o uniforme de treino. Hoje estamos com o Núcleo de São Cristovão, que atende a 30 crianças da região. Já fechamos um convenio com o clube da ABANERJ, em Jacarepaguá, onde devemos iniciar os treinos no retorno das aulas escolares. Temos a previsão de mais dois pólos em 2012. São Gonçalo e Santa Cruz."
As escolinhas de Rugby estão fazendo sucesso? Os jovens estão realmente demonstrando interesse em aprender o esporte?
"Praticamente todos os alunos que se inscreveram e começaram a treinar, estão até hoje. O nosso único contra tempo é a questão de documentação para a inscrição, principalmente com o atestado médico (que é indispensável). Algumas crianças encontram dificuldades em consegui-lo, mas nós sempre os incentivamos a resolver estas questões burocráticas para iniciar o quanto antes os treinos. Mesmo com essas dificuldades, as crianças não param de procurar o esporte. Muitas pedem horários alternativos e procuramos sempre atende-los."
As escolinhas do Vasco atualmente disputam competições? Qual é a rotina dos que praticam Rúgby dentro do Vasco?
"Ainda não temos um time competitivo ao nível dos outros clubes de rugby do Estado. Temos um projeto de inclusão dos jogadores do Vasco na competições de categorias de base Fluminense. Tentaremos tambem armar jogos amistosos contra as equipes juvenis de Niterói e do Rio. Todos os jogadores são estudante e estão na faixa etária de 14 a 18 anos."
Como é atualmente a estrutura fornecida pelo Vasco aos seus atletas? É a ideal?
"Está muito perto de ser a ideal. Temos alguns equipamentos para treinos que são indispensáveis. Temos bolas oficiais fornecidas pela CBRu (Confederação Brasileira de Rugby) e temos um espaço para a prática que não é o ideal (quadra sintética), mas que suporta tranquilamente os treinos."
Acredita que o Vasco por ter sido pioneiro e por ter seu estádio como sede dos jogos de Rugby nas Olimpíadas de 2016 pode ter papel fundamental na popularização do esporte no Brasil?
"O esporte já esta se popularizando de forma muito rápida no Brasil. O que o Vasco está fazendo é ajudando a popularizarmos o rugby no Estado, por seu o único Clube de Futebol a ter o rugby como uma de suas modalidades."
Acredita que o Vasco pode no futuro montar um time competitivo de Rúgby? Em quanto tempo você acredita que o clube estará fornecendo atletas para a Seleção Brasileira?
"Acredito que em breve, assim que inaugurarmos mais pólos de treinamentos, estaremos montando uma equipe que poderá estar disputando campeonatos regionais e nacionais. Já estamos dando toda a estrutura necessária para os atletas, acredito que dependerá de cada um deles entrarem em uma seleção nacional. Eu, quando juvenil, treinei muito e em 1 ano de rugby fui convocado para a seleção juvenil. Temos alguns futuros craques!"
Pensando nesse time competitivo de Rugby, o senhor pensa em contratar jogadores oriundos de países com tradição no esporte? Se sim, já existe uma conversa com quais jogadores?
"Ainda estamos um pouco longe disso. Não é a intenção do Vasco da Gama nem do projeto investir tanto assim neste início. O rugby no Brasil é amador, mas quem sabe o Vasco poderá ser o primeiro time de rugby a ter jogadores profissionais."
Ainda pensando num time competitivo, o senhor acredita que seria viável montar parcerias com clubes e federações de outros times no mundo? E, se sim, já existe alguma parceria perto de ser concretizada?
"Acho muito interessante. Isso ainda não foi discutido para este projeto. O contato ou até mesmo o intercâmbio de jogadores, treinadores e informações com clubes estrangeiros (principalmente da Europa ) pode ser uma forma de evoluirmos mais rápido. Recentemente tivemos uma visita de um grupo de ex-jogadores franceses que fazem parte de uma ONG que ajuda projetos como o nosso. Através deste grupo, podemos iniciar uma parceria que poderá trazer muitos resultados positivos."
"Ainda não temos um time competitivo ao nível dos outros clubes de rugby do Estado. Temos um projeto de inclusão dos jogadores do Vasco na competições de categorias de base Fluminense. Tentaremos tambem armar jogos amistosos contra as equipes juvenis de Niterói e do Rio. Todos os jogadores são estudante e estão na faixa etária de 14 a 18 anos."
Como é atualmente a estrutura fornecida pelo Vasco aos seus atletas? É a ideal?
"Está muito perto de ser a ideal. Temos alguns equipamentos para treinos que são indispensáveis. Temos bolas oficiais fornecidas pela CBRu (Confederação Brasileira de Rugby) e temos um espaço para a prática que não é o ideal (quadra sintética), mas que suporta tranquilamente os treinos."
Acredita que o Vasco por ter sido pioneiro e por ter seu estádio como sede dos jogos de Rugby nas Olimpíadas de 2016 pode ter papel fundamental na popularização do esporte no Brasil?
"O esporte já esta se popularizando de forma muito rápida no Brasil. O que o Vasco está fazendo é ajudando a popularizarmos o rugby no Estado, por seu o único Clube de Futebol a ter o rugby como uma de suas modalidades."
Acredita que o Vasco pode no futuro montar um time competitivo de Rúgby? Em quanto tempo você acredita que o clube estará fornecendo atletas para a Seleção Brasileira?
"Acredito que em breve, assim que inaugurarmos mais pólos de treinamentos, estaremos montando uma equipe que poderá estar disputando campeonatos regionais e nacionais. Já estamos dando toda a estrutura necessária para os atletas, acredito que dependerá de cada um deles entrarem em uma seleção nacional. Eu, quando juvenil, treinei muito e em 1 ano de rugby fui convocado para a seleção juvenil. Temos alguns futuros craques!"
Pensando nesse time competitivo de Rugby, o senhor pensa em contratar jogadores oriundos de países com tradição no esporte? Se sim, já existe uma conversa com quais jogadores?
"Ainda estamos um pouco longe disso. Não é a intenção do Vasco da Gama nem do projeto investir tanto assim neste início. O rugby no Brasil é amador, mas quem sabe o Vasco poderá ser o primeiro time de rugby a ter jogadores profissionais."
Ainda pensando num time competitivo, o senhor acredita que seria viável montar parcerias com clubes e federações de outros times no mundo? E, se sim, já existe alguma parceria perto de ser concretizada?
"Acho muito interessante. Isso ainda não foi discutido para este projeto. O contato ou até mesmo o intercâmbio de jogadores, treinadores e informações com clubes estrangeiros (principalmente da Europa ) pode ser uma forma de evoluirmos mais rápido. Recentemente tivemos uma visita de um grupo de ex-jogadores franceses que fazem parte de uma ONG que ajuda projetos como o nosso. Através deste grupo, podemos iniciar uma parceria que poderá trazer muitos resultados positivos."
Entenda o Rugby
O rugby é um esporte criado na Inglaterra no ano de 1823 e tem algumas semelhanças com a história do futebol, pelo menos no Brasil, apesar de não ser muito popular no país. O esporte foi trazido em terras verde e amarelas por Charles Miller, o mesmo que trouxe o futebol.
Existe duas formas de rugby no mundo. O primeiro é o rugby tradicional, onde é disputado por duas equipes com quinze jogadores cada. Enquanto o rugby seven, como o próprio nome já diz, é disputado por sete jogadores em cada equipe. Este último é o que será disputado nas Olimpíadas.
O objetivo do jogo é fazer com que a equipe consiga marcar o maior número de pontos. Existe diversas maneiras de marcar, sendo a principal delas é o famoso "Try", ou seja, quando um jogador consegue colocar o seu corpo junto com a bola no "in goal", a estremidade do campo adversário. Caso consiga, a equipe ganha cinco pontos.
O rugby possui algumas semelhanças com o futebol americano e com o futebol, porém possui algumas regras interessantes. Os jogadores não podem falar com os árbitros e é proibido passe feito para frente, apenas para trás e para os lados.
Escrito por Carlos Gregório Júnior com colaboração de Jéssica Corais.
O rugby é um esporte criado na Inglaterra no ano de 1823 e tem algumas semelhanças com a história do futebol, pelo menos no Brasil, apesar de não ser muito popular no país. O esporte foi trazido em terras verde e amarelas por Charles Miller, o mesmo que trouxe o futebol.
Existe duas formas de rugby no mundo. O primeiro é o rugby tradicional, onde é disputado por duas equipes com quinze jogadores cada. Enquanto o rugby seven, como o próprio nome já diz, é disputado por sete jogadores em cada equipe. Este último é o que será disputado nas Olimpíadas.
O objetivo do jogo é fazer com que a equipe consiga marcar o maior número de pontos. Existe diversas maneiras de marcar, sendo a principal delas é o famoso "Try", ou seja, quando um jogador consegue colocar o seu corpo junto com a bola no "in goal", a estremidade do campo adversário. Caso consiga, a equipe ganha cinco pontos.
O rugby possui algumas semelhanças com o futebol americano e com o futebol, porém possui algumas regras interessantes. Os jogadores não podem falar com os árbitros e é proibido passe feito para frente, apenas para trás e para os lados.
Escrito por Carlos Gregório Júnior com colaboração de Jéssica Corais.
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