Desde que Romário se aposentou, em 2008, a camisa 11 do Vasco não foi capaz de causar expectativa na torcida, nem ser sinônimo de idolatria. Rodrigo Pimpão e Elton são dois exemplos de quem usou o número às costas. Agora, Carlos Tenorio está disposto a mudar esse panorama. Sem esconder sua admiração pelo Baixinho, mostrou-se pronto a tirar o uniforme do armário e a suportar todo o peso que ele comporta.
Perguntado como prefere ser chamado, ele dispensa o Carlos ou o Tenorio. Pede que seja de Demolidor. Assim, com palavras firmes, olhando no olho mas sorrindo com facilidade, o equatoriano de 32 anos diz que não pretende pedir diretamente para usar a camisa 11. Mas mostra em seu discurso que pretende honrá-la com uma passagem marcante por São Januário.
- Não sou um jogador que insiste pelo número, mas normalmente joguei com a 11 nos clubes por onde passei. O mais importante para um jogador é ter confiança, caso contrário, não serve de nada. E eu tenho a confiança para usar essa camisa aqui no Vasco. Sei da responsabilidade que vou ter, porque o Romário fez história no clube, na Seleção e ganhou respeito mundial. Agora que estou aqui, vou querer marcar a maior quantidade de gols, pois são eles que dão os campeonatos.
Em sua única passagem por São Januário antes de viajar para Atibaia (SP), onde a equipe realiza a pré-temporada, Tenorio viu a estátua de Romário, localizada atrás de um dos gols, e a admirou. Ele lamenta não ter podido atuar ao lado do atacante, mas lembra que o enfrentou num duelo entre Equador e Brasil em Quito, em 2001, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Depois de substituí-lo no Al-Sadd, do Qatar, em 2003, o Demolidor promete encarar a nova oportunidade com o máximo de eficiência.
- Ainda não sei o que é jogar num clube grande do Brasil. Mas a expectativa é enorme, porque o Vasco tem jogadores históricos, como Romário, Edmundo e o presidente Roberto. Não quero que a torcida os esqueça, mas estou aqui para fazer gols também. Espero ficar na mente da torcida.
- Conheço bem o Rio, pois já fui à cidade para jogar e também de férias com a família. Infelizmente sempre perdi atuando com a seleção do Equador, mas estou feliz de estar no Brasil. É como se estivesse em casa. Ainda não falo bem o português, mas para fazer gols já ajuda. Vou continuar estudando a língua, porque espero ficar aqui não apenas dois anos, mas cinco ou seis. Quero marcar muitos gols e ser campeão - avisou.
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