O troféu da Libertadores esteve muito perto. Em 2007, Diego Souza foi um dos principais jogadores do Grêmio na surpreendente campanha na competição. Duas derrotas para o Boca Juniors na decisão impediram a realização do sonho. Mas a campanha do time comandado por Mano Menezes deu novo fôlego à carreira do jogador, que vinha de uma experiência frustrada no Benfica, de Portugal. O ano de 2012 reservou uma nova oportunidade ao agora camisa 10 do Vasco. Com a experiência de ter chegado até o último degrau antes do título, ele entende que este é o momento ideal para um novo salto.
Há quase cinco anos, Diego Souza deixou sua marca na disputa da Libertadores. Num time do Grêmio marcado pelo espírito de luta que superava a técnica, ele foi um sopro de talento. Marcou gols decisivos contra São Paulo, nas oitavas de final, e Santos, na semifinal, e lembra a importância que a participação naquele ano teve para sua trajetória no futebol.
- A Libertadores é muito valiosa. Naquele momento, havia acabado de chegar de Portugal e disputei o título na primeira vez que participei da competição. Foram jogos marcantes que me valorizaram muito. A partir de então fui marcado como um grande jogador. O peso de ganhar uma Libertadores sendo importante para o time não tem como medir. Você ganha respeito - disse.
Diego Souza quer ganhar esse respeito, mas também quer ganhar espaço na Seleção Brasileira. Por isso, enxerga que a Libertadores de 2012 pode representar sua afirmação dentro do grupo do mesmo Mano Menezes que o comandou no Grêmio, em 2007. Seu sonho é disputar a Copa do Mundo de 2014.
- Chegar à final ou ser campeão da Libertadores vale muita coisa em termos pessoais. Hoje a Seleção ainda não está formada para 2014. É a partir de agora que o jogador vai ganhando a confiança do treinador. No último ano vão mudar no máximo três peças e a base será mantida. Então, para mim e outros atletas que pensam em Copa do Mundo, a Libertadores é fundamental. Vai representar um salto na carreira - destacou.
A experiência de duas Libertadores disputadas (outra com o Palmeiras) dá a Diego Souza a certeza de que o Vasco pode ir longe na competição. O camisa 10 cruz-maltino vê um grupo formado por jogadores concentrados em cumprir metas pessoais sem perder o espírito de equipe que leva aos títulos. Além disso, o meia acredita que o Grêmio de 2007 é um exemplo de que nem sempre o melhor time tecnicamente chega longe. Por isso, tem a certeza de que a força do conjunto vascaíno vai falar alto.
- Claro que é preciso jogar futebol, mas Libertadores também é muita alma e muito coração. É preciso um time experiente para jogar em estádios sob muita pressão. Às vezes o time é excelente, mas tem jogadores que se intimidam com o adversário. O Vasco vai jogar com o pensamento de que estará numa guerra e a cada jogo vai batalhar com a faca nos dentes - frisou.
E se o Grêmio de 2007 tinha a juventude de Diego Souza e Carlos Eduardo aliada à experiência de Tcheco, Tuta e Schiavi somada à garra sul-americana de Gavilán, o meia afirma que o Vasco pode levar vantagem por reunir um elenco com características típicas de um vencedor.
- Mantivemos a espinha dorsal com jogadores experientes e temos jovens que passaram por situações em que tiveram de amadurecer rapidamente. Isso é muito bom para disputar uma competição como a Libertadores. Por isso fico tranquilo quanto à participação do Vasco e guardo boas expectativas para a competição - garantiu.
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