Há quem diga que um clube de futebol é uma nação, afinal tem hino, distintivo, bandeiras e suas próprias leis. Os que não têm seu espaço próprio, com certeza têm um estádio emprestado que chamam de caldeirão. Mas uma nação é um agrupamento de membros que não necessariamente partilham de alguma característica nem raça, nem religião, nem origem. Aqui um clube deixa de ser uma nação, porque o agrupamento que segue um clube necessariamente divide uma característica: amor irrestrito às suas cores. Por isso, dá pra abandonar um país, mas um time nunca se abandona. No campo, significa negar propostas de fortuna para jogar no time do coração. Na arquibancada, significa estar junto na derrota, seguir o time, jogar junto. Na vida, significa passar esse amor de geração em geração, fazer loucuras e, fundamentalmente, nem em pensamento, cogitar abandonar essa paixão.
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