sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Opinião: Com a mesma displicência, o Vasco não vai virar na Colina.

O Vasco ontem teve perto de 60% de posse de bola no jogo de ontem e quem não assistiu a partida pode pensar que a derrota por 2 a 0 para o Universitario do Peru foi injusta. Mas não foi, mesmo se considerarmos mais um pênalti não marcado a nosso favor. De nada adianta ter por mais tempo o controle da bola se não temos objetividade para atacar e se somos extremamente displiscentes ao longo do jogo.
Senão vejamos… no primeiro tempo nem na posse de bola fomos melhores. Diante de um estádio lotado, o Universitario parecia querer resolver todos os seu problemas justo contra nós. Enquanto os peruanos encaravam o jogo como final de copa do mundo, o Vasco seguia naquela postura que quase não conseguimos distinguir entre o cauteloso e o descaso. Correndo mais e marcando melhor, os donos da casa iam criando chances de gol enquanto nós conseguíamos chegar no máximo até a intermediárea, quando errávamos um passe e devolvíamos a bola para o outro lado.
E foi numa dessas que sofremos o primeiro gol. Uma saída de bola errada foi recuperada e perdida novamente após mais um passe desatento. A lambança só se completou com Diego Rosa cometendo um pênalti desnecessário ja no fim do primeiro tempo. O jogo estava melhor para os caras, mas se estivéssemos mais atentos, poderíamos ter ido para o intervalo em igualdade no placar.
No segunda etapa o Vasco voltou mais ligado, adiantou um pouco a marcação e em pouco tempo passamos a ter o domínio territorial. Mas isso de pouco adiantou: o time ciscava e ciscava, mas não tinha objetividade. Criamos poucas chances claras de gol, já que nossas jogadas – quando não eram paradas nas várias faltas cometidas pelos adversários – não tinham prosseguimento por conta dos contínuos erros de passe. E se a desatenção atrapalhava o ataque vascaíno, o mesmo mal acometeu a defesa, o que foi mortal: depois de mais uma bola perdida, o Universitario partiu para o contragolpe e encontrou nossa zaga em linha. Sem ninguém na sobra, ficou fácil para o atacante ganhar do Douglas na corrida e dar números finais à partida.
Dirão que podemos reverter esse placar quarta que vem e realmente temos capacidade para isso. Mas se o Vasco entrar em campo com a mesma atitude descompromissada, não serão São Januário, torcida, campo melhor ou mesmo mais titulares que vão trazer a virada e a vaga nas semifinais.

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