O Vasco justificou nesta quarta-feira (09), mais uma vez, porque é conhecido como o time da virada. A equipe entrou em São Januário precisando vencer o Universitario por três gols de diferença para ir à semifinal da Copa Sul-Americana.
Na partida, chegou a estar perdendo por 2 a 1 no início do segundo tempo. Para muitos, era impossível a classificação, mas o Cruz-Maltino, na base da superação e da raça, conseguiu fazer 5 a 2 e ficou com a vaga. Foi mais uma virada histórica para os seu almanaque recheado delas.
A mais memorável ocorreu em 2000, na final da Copa Mercosul. Vasco e Palmeiras disputaram o título no Palestra Itália e o primeiro tempo foi equilibrado, mas nos 15 minutos finais da primeira etapa, os donos da casa fizeram três gols. Palmeirenses já catavam vitória, comemoravam a conquista. Esqueceram que do outro lado existia um time com a superação e a virada no DNA.
No inicio da segunda etapa, Juninho Paulista sofreu pênalti e Romário converteu. Cerca de dez minutos depois, a cena se repete: o camisa 23 cai dentro da área e o Baixinho faz 3 a 2. Junior Baiano é expulso e o Vasco fica com um jogador a menos. Na base da superação, o time vai para cima do Palmeiras e arranca o empate heroico aos 40 minutos com Juninho Paulista.
Juninho Pernambucano, que esteve na vitória desta quarta, mostrou o espírito dos jogadores ao roubar uma bola na defesa, virar para a torcida e bater na Cruz de Malta. Aos 48 minutos, a virada histórica. Viola partiu em velocidade pela esquerda, cruzou rasteiro para Juninho Paulista, que chuta em cima da zaga. A bola vai em direção a Romário, o artilheiro não perdoa e faz 4 a 3 no último lance do jogo.
Em São Januário, há inúmeras viradas do Vascão, mas a mais marcante foi diante do rival Flamengo em 1949. O Expresso da Vitória, liderado por Ademir Menezes, estava perdendo por 2 a 0 e conseguiu a virada para 5 a 2, com dois gols de Meneca. O Cruz-Maltino foi campeão do Campeonato Carioca daquele ano de forma invicta e com o recorde que dura até hoje de 84 gols em 20 partidas.
Por isso, não é por acaso que a torcida se inflama quando começa a cantar “o Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor” e os jogadores se superam em campo para reverter o resultado. Está no DNA vascaíno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário