segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Vasco recebe troféu paralelo de campeão brasileiro de site e reclama da arbitragem.

O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, recebeu, na tarde desta segunda-feira, o troféu do site Placar Real, que contabilizou a pontuação final do Campeonato Brasileiro sem os erros de arbitragem. Neste cenário, o time da Cruz de Malta passaria o Corinthians e seria o campeão nacional com quatro pontos de vantagem sob os paulistas. A taça foi entregue por Rodrigo Capela e Daniel Fazenda, responsáveis pelo projeto.

Dinamite preferiu não polemizar com CBF nem Corinthians e reconheceu os paulistas como verdadeiros campeões brasileiros de 2011. O mandatário, entretanto, criticou a arbitragem de uma forma geral e elogiou o trabalho feito pelo site Placar Real, que segundo ele, será importante para a competição nos anos seguintes.

"Agradeço pelo troféu e considero o trabalho de vocês (Placar Real) importantíssimo para os próximos anos. É claro que o campeão brasileiro de 2011 é o Corinthians, mas isso não quer dizer que não estamos no direito de reclamar, protestar. Não quero uma arbitragem que favoreça o Vasco, mas vou repetir o que disse quando o Vasco foi campeão da Copa do Brasil: é possível ser honesto, é possível trabalhar sério e também ser vencedor", disse.

Por outro lado, o vice-presidente geral do clube não se esquivou e cutucou o rival Flamengo. Segundo Antônio Peralta, se os dois pênaltis nas duas partidas contra o rubro-negro (No primeiro turno em cima de Bernardo e no segundo em Diego Souza) tivessem sido marcados o Vasco teria sido o campeão brasileiro. O dirigente afirmou estar entalado com duas partidas especificamente.

"Se aquele juiz (Péricles Bassols) tivesse marcado os pênaltis contra o Flamengo teríamos sido campeões. Não precisava nem dos outros resultados. Só esses dois. Estão entalados na minha garganta, não consigo engolir", afirmou à reportagem do UOL Esporte.

Entenda como funciona o site

No ar desde o final de junho, o site que monitorou a arbitragem do Brasileiro é mantido por dois amigos de São Paulo, o engenheiro civil Daniel Freire e o publicitário Rodrigo Scudero. Ambos não têm nenhuma relação formal com o futebol, a não ser a paixão por seus respectivos clubes, que são mantidos em sigilo em nome da isenção do projeto.

Segundo Daniel, a intenção da dupla era mostrar o quanto os erros poderiam mudar o rumo de uma competição. "Analisando friamente, estes erros mudam completamente o destino da competição. Queríamos mostrar isso", disse o engenheiro, que ainda fez questão de defender os vilões. "Os erros acontecem muito em função da falta de apoio de uma classe que tem papel fundamental no campeonato", argumentou o criador.

O trabalho dos amigos não teve nenhum fundamento científico, mas se baseou em lances polêmicos levantados em cada rodada, todos aqueles que geraram reclamações de alguma das partes envolvidas.

A avaliação final do erro foi determinada através de observações de comentaristas da TV, de preferência de especialistas em arbitragem. Os vídeos das análises estão disponibilizados no Placar Real, bem como as explicações de resultados que mereciam ser alterados.

Para manter o bom funcionamento da iniciativa, os amigos torcedores sacrificaram madrugadas de sono e contaram com a compreensão de suas respectivas esposas. O site que começou com acesso diário de mil pessoas teve um aumento de 400% no número de visitantes nos últimos dias. Em dias posteriores a rodadas, o pico foi de 10 mil torcedores.

Até o final da competição, os dois "aficionados" por erros de arbitragem analisaram quase 300 lances polêmicos. Além da classificação paralela, que acabou dando o título simbólico ao Vasco, o Placar Real também elaborou uma tabela para avaliar o desempenho dos juízes do campeonato, em estudo denominado de "juizômetro".

Nesta lista, Sandro Meira Ricci (DF) apareceu com o desempenho mais favorável, com 13 acertos e sete erros em lances duvidosos, destoando de 2010, quando foi foco de polêmica no Brasileiro após marcar um pênalti sobre o corintiano Ronaldo em jogo decisivo contra o Cruzeiro. Pelo levantamento, a pior performance pertenceu ao alagoano Francisco Carlos do Nascimento (sete acertos e 14 erros).

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