Em 25 de Agosto de 1991, eis que surge para o mundo do futebol, um jovem atrevido, vestindo a camisa 16 do Vasco da Gama, disputando uma preliminar dos juniores contra o nosso rival alvinegro. Este jovem, ainda desconhecido, de nome Edmundo Alves de Souza Neto, de 20 anos, driblava quatro jogadores e o goleiro e marcava um golaço, digno de craques.
Em 92 foi levado ao time titular do Vasco da Gama por Nelsinho Rosa e de aí em diante não saiu mais. Mas o que mais chamou a atenção da torcida vascaína, não era apenas o talento para o futebol, era a paixão, a intensidade com que jogava, o ímpeto, a dedicação só daqueles que amam de verdade. Era algo tão verdadeiro nesta relação Edmundo x futebol x Vasco, que era impossível não dizer que aquele jovem amava o que fazia, mas amava mais ainda o Club de Regatas Vasco da Gama. Como torcedor não deixava de cobrar por resultados, entendia o que a torcida queria, uma vez que já foi apenas torcedor também. Esta relação se intensificou e se personificou como uma das maiores relações de amor entre torcedores de um clube e seu ídolo. Em 1997, Edmundo foi o melhor do mundo para os Vascaínos e para o futebol mundial, uma pena que não levou o título porque as entidades do futebol não reconhecem este prêmio para jogadores de fora da Europa.
Edmundo sempre se apresentou Vascaíno em qualquer clube que jogou, entre desavenças, ida aos rivais, a torcida coirmã, a Europa, ao Japão, a outros clubes brasileiros (entre eles um do estado de Minas Gerais) em que foi reverenciado pela torcida cruzmaltina, que lotou São Januário às 15 horas de uma quarta-feira só para vê-lo. Neste jogo ele não teve coragem de marcar um gol de pênalti e por isso foi mandado embora por falta de profissionalismo, não, não foi bem assim na versão Vascaína da história, isso foi a maior prova de amor a um clube de futebol. Aonde que algum jogador faria isso pelo clube que ama? Poucos. Quando ele jogava ou voltava a sua casa, São Januário, Edmundo, o animal por Osmar Santos, por sua vontade, por sua luta, por sua ferocidade, era reverenciado por seus súditos, que o amam da maneira mais intensa que uma relação pode ter, de reciprocidade.
Edmundo não é apenas um ídolo, é um símbolo do Vasco que amamos e nos orgulhamos, um Vasco que não aceita perder, que humilha o rival cruelmente e que nos leva ao delírio. É o jogador símbolo que chora, que pede perdão, que nos identificamos, que nos faz chorar, que nos ama e nós amamos, é a prova fiel que jogador ama sim um clube, que beija sua camisa e carrega essa cruz. É o jogador que tem irreverência e nos faz cantar com coreografia, que é sério, é tímido, mais carioca impossível, que erra, que acerta, mas no final não importa nada disso, o que importa, é sua Vascaínidade e o orgulho de gritar ao mundo que ama o Vasco e sua torcida. Aonde um comentarista de TV, quando vai ao clube pelo qual torce trabalhar, tem seu nome aclamado como um imortal? São poucos os que carregam essa glória.
Querido ED, que esse jogo de despedida, seja muito especial na sua volta aos gramados de São Januário, sei que você realizará o sonho de jogar contra o clube da final da Libertadores de 98, mas não é apenas isso que está em jogo. Sei que o estádio estará lotado para reverenciar e aplaudir, chorar e nos emocionar com esta última apresentação, de um ídolo vivo eterno, que mostrou em campo, que mostra no seu dia-a-dia o orgulho de ser Vascaíno.
Edmundo Alves de Souza Neto receba todo esse carinho desta torcida que te ama e que fará de tudo para estar presente nesta data tão especial: 28 de Março de 2012. E que os deuses do futebol possam te agraciar com uma bela apresentação em agradecimento pelos anos de alegria, orgulho, intensidade, emoção, explosão, gols e muitas comemorações.
A você o nosso muito obrigado, primeiro por ser Vasco, por ser o nosso ED, pelo amor demonstrado dentro e fora de campo e por tudo que você nos proporcionou. Esta será apenas uma despedida dos campos, porque dos nossos corações e das nossas lembranças jamais, elas são eternas.
AHHHHHHHHHH É EDMUNDO!!!!!!!!!!!
Obs: Sei que alguns não têm Edmundo como ídolo, mas com todo o respeito, sei que vocês o respeitam como grande jogador e Vascaíno. Este momento não poderia passar em branco. Edmundo é história, é craque, é orgulho, é passado, é presente, é Vasco.
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