quinta-feira, 29 de março de 2012

A despedida. Por Vanda Ferrreira.

Ah, que pena que este dia 28 de março de 2012 acabou. Passou tão rápido, podia ter parado ali, no momento em que o Animal adentrava pelo gramado de São Januário ovacionado pela torcida. E por falar em torcida, a mesma que sempre acompanhou toda a trajetória de Edmundo, esta fez questão de estar presente mais uma vez na casa Cruzmaltina para receber de pé aquele que tanto fará falta. Foi com nó na garganta, coração apertado, lágrimas escorrendo e gritos de "Ah, é Edmundo" que o eterno Animal, ídolo de várias gerações Vascaínas, vestiu a camisa para a sua última partida.
Entre os que acompanharam desde o início toda a sua caminhada, até os jovens que pouco viram, mas muito ouviram sobre o jogador, o rapaz de instinto animal arrancava o sorriso de cada um ao passar acenando e agradecendo humildemente por cada torcedor que ali estava. Nas nossas cabeças apenas as lembranças, sensações e emoções que o craque tanto nos despertou eram revividas durante o encontro final entre o ídolo, o gramado e o público.
O palco já estava montado. Tudo certo para o último jogo do camisa 10. Só esqueceram de avisar ao time adversário, que a despedida não seria como outra qualquer... Ela seria triunfal. Aliás, só o Vasco para nos proporcionar uma alegria como essa. Ter no mesmo time o Reizinho, o Maestro, o Animal e o recém-chegado Mito, meu amigo, não é para qualquer um. Isto é Vasco... É Vasco.
Diante do maravilhoso elenco, o Barcelona de Guayaquil bem que tentou, mas faltou a habilidade e competência que sobrou no time da Colina. A cada gol a torcida era levada a extrema loucura... Um, dois, três... Nove! Foram nove gols contra um do Barcelona-EQU. Edmundo marcou dois, um de pênalti, abrindo o placar, e o outro de forma magnífica, pegando de trivela, para fazer o terceiro da goleada histórica. E não ficou só nisso. Além de dois gols convertidos, o craque ainda deu passe, correu, marcou e mostrou claramente que poderia estender um pouco mais a sua carreira.
Foi assim, dando essa lição em campo que ele saiu entre as passadas lentas e o olhar direcionado a torcida que o aplaudia, que ele deu o seu adeus como jogador de futebol. A frase final não poderia ser melhor: "Obrigado por tudo de coração". Não, Edmundo. Quem agradece somos nós. Obrigada por ter defendido nosso manto. Obrigada por ter amado o Vasco com amor de torcedor, de filho... Amor de quem se sente parte daquela história. Obrigada você, por ter feito história. Por despertar sorrisos, choros... Obrigada por ser ídolo do Vasco.
Você fará falta... E já faz. O Animal se aposenta, mas a sua história jamais será extinta. Com lágrimas nos olhos eu digo: Edmundo, você é eterno!
Saudações Vascaínas,
Vanda Ferreira
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