sexta-feira, 8 de julho de 2011

Curiosidades: Apelidos do clube.

Ao longo de sua história, vários apelidos para o Vasco estiveram em voga. Nas décadas de 1920 e 1930, a imprensa comumente referia-se ao onze vascaíno como os Camisas Pretas, pois naquela época assim era o uniforme do time de futebol, ainda sem a faixa diagonal branca que sempre foi usada pelas guarnições de remo e que só seria adotada no início da década de 1940.
O apelido de Gigante da Colina, que até hoje é usado, surgiu devido ao estádio de São Januário estar localizado numa região topograficamente elevada. Todavia, há quem conteste que São Januário fique numa colina, preferindo atribuir a denominação a um equívoco geográfico, pois existia um Morro de São Januário (já demolido), mas que ficava no centro da cidade, bem longe, portanto, da Rua São Januário, a principal via de acesso ao estádio. Aliás, por algum tempo, até quase o fim da década de 1930, o estádio, cujo nome oficial sempre foi Estádio Vasco da Gama, era freqüentemente chamado de Campo da Rua Abílio, que naquela época era como se chamava a rua General Almério de Moura, onde fica a bela fachada principal e a entrada social.
O famoso epíteto Expresso da Vitória surgiu em 1945, quando o Vasco, com uma equipe fortíssima, conquistou o campeonato carioca de maneira invicta. O Expresso dominaria o futebol carioca por anos a fio, até 1952. Muitas vezes, o Vasco partia em longas excursões e deixava uma equipe mista, ou de reservas, apelidada de Expressinho, disputando torneios no Rio, ou realizando outros amistosos de menor expressão.
 
Na década de 1940, o caricaturista argentino Lorenzo Molas, que trabalhava para o Jornal dos Sports, foi encarregado de criar charges (mascotes) dos clubes cariocas. Molas, que por sinal era torcedor vascaíno, desenhou um almirante português para simbolizar o Vasco. Assim, o Vasco passou também a ser chamado de Almirante, denominação que era muito popular nos anos 50.
Durante o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1968, o Vasco fazia uma boa campanha e veio a se tornar o único clube carioca com chance de se classificar entre os 4 finalistas (o que efetivamente acabou acontecendo). O Jornal dos Sports, tentando unir a torcida carioca em torno do Vasco como o seu representante na competição, passou carinhosamente a se referir à equipe como Vasquinho - um time que, apesar de não contar com nenhuma super-estrela, era simpático e intrépido. Porém alastrava-se no país o modismo de se empregar aumentativos para tudo, desde obras faraônicas do governo, como estádios (Mineirão) e viadutos (Minhocão), até times de futebol, e o Vasco não escapou à regra, vindo a receber o apelido de Vascão em 1970, ano em que reconquistou o título carioca depois de um longo jejum. 
 Ainda durante a década de 1960, as torcidas adversárias, com intenções pejorativas, inventaram o apelido de Bacalhau. O apelido foi aproveitado pelo cartunista Henfil, cujos quadrinhos na época apareciam diáriamente na página 2 do Jornal dos Sports, para batizar o seu personagem que representava um torcedor do Vasco, um português careca e bigodudo. A torcida cruzmaltina acabou por adotar o apelido com muito orgulho, e o aplica àqueles que encarnam o genuíno espírito vascaíno, como o craque Edmundo, que por ocasião do seu regresso ao Vasco em 1996, de Animal foi promovido a Bacalhau.
Durante o campeonato de 1975, especialmente no terceiro turno, o Vasco venceu várias partidas de virada, de maneira avassaladora. Surgiu então a expressão Vascão Vira-Vira, que até hoje é revivida a cada virada heróica.
O termo Machão da Gama foi criado em 1977 pelo locutor esportivo José Carlos Araújo, que acabava de assumir a chefia de esportes da Radio Nacional. Naquele ano, o Vasco formou um grande time que sagrou-se campeão estadual exibindo um futebol de alta qualidade, porém sem deixar de lado a garra e a valentia. Entretanto, a noção de que o Vasco era um time de machos já vinha pelo menos desde 1974, como demonstra a manchete que o Jornal dos Sports estampou em letras garrafais, celebrando a vitória sobre o Cruzeiro na final do Campeonato Brasileiro: VASCO MACHÃO, UAI!

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