segunda-feira, 30 de maio de 2011

Rodrigo Caetano: o executivo por trás do sucesso do Vasco.


A vaga para a final da Copa do Brasil não serve apenas para Vasco e Coritiba comemorarem a possibilidade de um título inédito, mas também para comprovarem a superação de duas equipes campeãs brasileiras, que chegaram a amargar uma recente queda para a Série B e hoje estão em alta. Pouco tempo depois de uma fase com muitos problemas dentro e fora de campo, os clubes vivem um momento de entusiasmo com a proximidade de uma conquista histórica.

De 2003, quando foi campeão carioca, para cá, o Time da Colina conquistou apenas o título da Série B, em 2009. Agora, o Vasco vê, na final da Copa do Brasil, uma grande chance de acabar com a incômoda marca. Neste período, o clube sofreu muito com as constantes brigas políticas e o rebaixamento no Brasileirão 2008. Um ano depois, Rodrigo Caetano, diretor executivo, não chegou a montar uma grande equipe, mas apostou em um grupo liderado por Carlos Alberto para conquistar a Segundona e trazer o Cruz-Maltino de volta. Deu certo.

Com o retorno à elite do futebol nacional,  o Vasco passou um 2010 morno, sem conquistas ou grandes riscos. Este ano, após um início preocupante no Campeonato Carioca, o time subiu de produção após a chegada de Ricardo Gomes para o lugar de PC Gusmão e a contratação de reforços como Diego Souza, Alecsandro e Bernardo. Além disso, o clube acaba de repatriar um dos maiores ídolos da torcida: Juninho Pernambucano.

Na semana do primeiro jogo da grande final da Copa do Brasil, o GLOBOESPORTE conversou com o homem que coordena o dia a dia do futebol do Vasco. Confira algumas das respostas na entrevista abaixo.

Qual seria a importância do título da Copa do Brasil para você?
 RC- É um sentimento duplo. Primeiro, a satisfação de ver todo o planejamento sendo realizado. Este é o ápice de um ciclo. Vamos ter tranquilidade para projetar o clube no próximo ano, fora o retorno ao maior torneio de clubes da América do Sul (Libertadores). Segundo, o sentimento pessoal. Passa um filme das dificuldades que vivemos aqui e esse filme nos dá muito mais força nesses dias. Estas cenas precisam servir de combustível para todos. É difícil mensurar isso, mas a ansiedade já toma conta de todos nós. Tem de tentar ser o mais profissional possível para ansiedade não atrapalhar. Lembrar também que o Coritiba vive o mesmo sentimento. Mas espero que desta vez não bata na trave
Qual o percentual de participação da sua função nessa boa fase do clube?
RC - É difícil definir esse grau de participação no resultado. Acho que a função de executivo vem ganhando espaço no futebol, vem sendo reconhecida. Viu-se hoje que os clubes necessitam de profissionais na área de gestão. Cada um coloca a sua contribuição: diretoria, comissão, jogadores... A exigência profissional hoje faz com que as coisas sejam divididas. Antes, o treinador era responsável pelo insucesso, mas hoje não é assim. Sou mais um suporte, um staff importante para comissão e para os atletas. Estou no dia a dia com eles e faço a ponte para os outros ramos do clube. Ficaria muito feliz com o título, seria o gostinho de dever cumprido.

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