Até a década de 1940, era comum ver-se na imprensa referências ao time de futebol do Vasco como os camisas pretas. Porém, no campeonato carioca de 1943, o Vasco apresentou uma novidade no seu uniforme: foi acrescentada à camisa preta a faixa diagonal branca. A motivação dessa inovação é desconhecida, mas especula-se que tenha sido por sugestão do técnico Ondino Viera, que, meses antes, tinha resgatado o uso da até então raramente utilizada camisa branca com a faixa diagonal preta. De qualquer forma, desta maneira, o uniforme do futebol ficava idêntico àquele que sempre foi utilizado pelas guarnições de remo vascaínas.
A estréia do novo uniforme deu-se na partida contra o Fluminense, nas Laranjeiras, no dia 13 de junho de 1943, pela primeira rodada do campeonato. O Vasco formou com Roberto; Figliola e Sampaio; Alfredo II, Rodrigo e Argemiro; Djalma, Ademir, Isaías, Nino e Chico.
Lamentavelmente, a arbitragem desastrosa de Mário Vianna tirou todo o brilho da estréia e causou tanta revolta nos vascaínos que, antes do início do segundo tempo, a diretoria do clube decidiu não permitir que seus jogadores disputassem o restante da partida. Segundo reportagem publicada na época pela revista Esporte Ilustrado, o árbitro vinha castigando com um rigor incomum os jogadores vascaínos. Ao fim da primeira etapa, a desvantagem do Vasco já estava em 3 a 0 e um jogador a menos. O primeiro gol tricolor havia sido obtido de uma cobrança de falta enquanto o goleiro Roberto estava fora de sua posição organizando a barreira, e Isaías havia sido injustamente expulso por causa de um esbarrão corriqueiro num adversário. Devido aos acontecimentos dessa partida, o Vasco encaminhou um protesto à Federação Metropolitana, no qual exigia um atestado de sanidade mental como condição para que Mário Vianna continuasse a soprar o seu apito no campeonato.
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